Núcleo de Arte Sacra (Igreja do Colégio)
A partir das características plásticas da superfície dos objetos pictóricos, Ao Alcance do Olhar, de Filipe Franco, é um exercício de autorreferência e autoafirmação da pintura, baseado na realização de objetos pictóricos, centrados no desenvolvimento das suas qualidades formais, da sua natureza física e limites do espaço arquitetónico disponível, em que a importância da peça recai sobre o seu caráter objetual. Como referência territorial e do lugar, são três as condições iniciais: a Luz, a Matéria e o Espaço, nas componentes geográfica, geológica, meteorológica e química.
Enquanto território, a matéria promove o lugar (ilha) conjeturando texturas e revestimentos que crescem no espaço como objetos pictóricos em que o elemento sombra (tradicionalmente próprio da escultura) amplia a dimensão imaterial e ilusória destes.
Concorrendo com a forma, volume e textura, a Luz, enquanto veículo, afeta o espaço físico dependendo do momento em que é observado, onde o objeto, transfigura-se por via não só da sombra, mas da sua cor, superfície e volume.
Os objetos localizados no espaço têm a propriedade de alterar esse mesmo espaço pelas suas qualidades cenográficas, designadamente as que geram na escala do espaço arquitetónico e do aparente movimento sugerido na duplicação de formas através das formas através da sombra. À dimensão do lugar que ocupam, os objetos conversam sobre si mesmos entre o seu espaço interior e exterior, apropriando-se desse modo de espaços arquitetónicos circundantes que, descrevendo a sua trajetória livremente, são criados lugares-espaços desdobrados ao alcance do nosso olhar.
Filipe Franco
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Filipe Franco nasceu em Ponta Delgada, em 1961, tendo realizado a sua formação em Desenho, História de Arte e Pintura no Centro de Arte e Comunicação Visual. Foi monitor e professor de pintura no Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, e na Academia das Artes, em Ponta Delgada.
Durante a sua carreira realizou várias exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais. No seu currículo, conta, ainda, com diversos projetos públicos por todo o país.
As obras do artista micaelense fazem, ainda, parte de coleções de várias instituições como a Câmara Municipal da Ribeira Grande e do Funchal, Galeria EA+ (Ponta Delgada), Museu Carlos Machado, Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social (Açores), Presidência do Governo Regional dos Açores, Coleção ARTCA (Ponta Delgada), Presidência República Portuguesa (Lisboa), Fundação da Juventude (Porto), Lotaçor (Açores) e Centro Cultural da Caloura (Lagoa – Açores).
O Diário de Bordo Cultura Açores já se encontra disponível nos Núcleos de Santa Bárbara, Santo André e Arte Sacra do Museu Carlos Machado.
Núcleo de Santa Bárbara
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