O Museu apresenta três exposições permanentes: História Natural, Memória do Convento e Arte Sacra, programadas como referência nos núcleos onde se encontram, constituindo a base e o cerne da atividade da instituição.
O Museu ao longo dos anos tem perspetivado várias exposições temporárias de duração mais curta, verdadeiras viagens pela arte e pelo património que intentam a fruição de objetos com inegável interesse histórico e cultural, numa museografia envolvente, e ainda, garante a promoção e criação de conhecimento, a divulgação de património, bem como, sensibiliza para a sua proteção e salvaguarda.
O circuito de Arte Sacra centra-se na antiga Igreja do Colégio, onde a exuberante fachada, a resplandecência do retábulo do altar-mor, bem como, a coleção de azulejos setecentistas assumem-se como um todo, num monumento ímpar de criação barroca. A este integra-se uma galeria com uma coleção diversificada onde se destacam peças quinhentistas, bem como, um valioso espólio de exemplares de temática religiosa.
O circuito apresenta as características arquitetónicas dos edifícios conventuais de outros tempos, a diversidade de espaços, as suas dinâmicas e funções, bem como, explora o modo de vida das Clarissas pertencentes ao ramo feminino da Ordem dos Frades Menores, fundada por São Francisco de Assis.
O Circuito História Natural apresenta uma coleção de base naturalista que foi o alicerce para a fundação do Museu. O circuito distribuído por oito salas expõe a diversidade, o exótico e o saber, onde são abordadas diferentes áreas do conhecimento científico, com destaque para zoologia, geologia, mineralogia, botânica.
A exposição presta homenagem ao Príncipe Albert I do Mónaco, dando ênfase à relação do Príncipe com os Açores, abordando memórias afetivas e o seu legado na construção do conhecimento científico do Atlântico.
A parceria entre o Museu Carlos Machado e o Geoparque Açores visa reforçar as relações estreitas entre o museu e o território em que está inserido, contribuindo para a sua divulgação, proteção, valorização e desenvolvimento sustentado.
Com o aumento do turismo nos Açores, o museu evidencia-se como um meio essencial na divulgação de conhecimento, estabelecendo um primeiro contacto entre os visitantes e o território açoriano, e promovendo um turismo responsável assente na preservação e conservação dos recursos naturais disponíveis.
Aproveite esta oportunidade e visite a mostra expositiva O Geoparque no Museu, patente no Núcleo de Santo André.
André Almeida e Sousa é natural de São Miguel mas reside em Lisboa, onde vive e trabalha. João Silvério sobre André Almeida e Sousa refere que “tem desenvolvido o seu trabalho construindo pinturas, desenhos e objetos sob formas, composições e relações muito diversas”. Diz, ainda, que “os desenhos, em painéis modulares de apreciável dimensão e detalhe, ou em folhas de formato médio, transitam entre a transparência de planos e uma densidade sedimentada e profunda” revelada através de uma expressão introspetiva e codificada existente numa questão permanente que o artista coloca a si mesmo”.
A exposição é um tributo ao pintor Domingos Rebêlo enquanto figura central do panorama artístico açoriano do século XX. A exposição apresenta peças das diferentes fases da evolução da criação do pintor ao longo de quatro décadas, não só a produção de cunho regionalista mas, também, a caricatura, as artes gráficas, a ilustração e a cenografia.
A exposição de longa duração apresenta a vida e a produção artística de um dos maiores vultos da escultura açoriana e nacional da primeira metade do século XX. Dividida em núcleos temáticos que expõem a sua génese, formação, consagração internacional, bem como, o seu papel na criação de obras monumentais.
As doações feitas ao Museu Carlos Machado nos últimos 10 anos foram o mote para o tema da mostra, que tem também, como objetivo homenagear os doadores, elogiando o ato de dar numa sociedade baseada na troca comercial, no lucro e no consumo.
O que fazem os Guardiães da memória quando os crentes regressam a casa? O que escutam quando o silêncio regressa? O que veem quando a luz se apaga e os Santos observam do altar? O que fazem os guardiães da memória quando as portas se fecham, as janelas de cobrem, as chaves rodam em fechaduras por onde as crianças espreitam? O que fazem os Guardiães da memória quando as preces e pedidos precisam (também eles) de encontrar quem os escute e os atenda? O que fazem todos aqueles que zelam por estátuas de madeira, por bancos feitos à medida, por estuques e cortinas de veludo?
Centenário de Natália Correia (1923-2023)