André Almeida e Sousa é natural de São Miguel mas reside em Lisboa, onde vive e trabalha. João Silvério sobre André Almeida e Sousa refere que “tem desenvolvido o seu trabalho construindo pinturas, desenhos e objetos sob formas, composições e relações muito diversas”. Diz, ainda, que “os desenhos, em painéis modulares de apreciável dimensão e detalhe, ou em folhas de formato médio, transitam entre a transparência de planos e uma densidade sedimentada e profunda” revelada através de uma expressão introspetiva e codificada existente numa questão permanente que o artista coloca a si mesmo”.
Um itinerário de transfigurações
André Almeida e Sousa tem desenvolvido o seu trabalho construindo pinturas, desenhos e objectos sob formas, composições e relações muito diversas. Os desenhos, em painéis modulares de apreciável dimensão e detalhe, ou em folhas de formato médio, transitam entre a transparência de planos e uma densidade sedimentada e profunda que se revela através de uma expressão introspectiva e codificada que reside numa questão permanente que o artista coloca a si mesmo. O título da exposição, é um dos caminhos possíveis para a resposta a essa questão e apresenta-se como um aforismo, um fragmento do seu pensamento, que agrega a praxis ao sentimento e ao percurso do seu imaginário, austero mas profundamente transformador. Esse imaginário estribado numa intuição temporal é pautado por um itinerário diarístico, como um andamento que marca uma pulsão poética, sistemática, e entregue a um monólogo que não se ausenta de escutar a voragem das imagens que lhe passam em redor. Neste sentido, o trabalho de Almeida e Sousa é, na sua essência, uma mediação e simultaneamente uma transfiguração que ocorre na prática da pintura, do desenho e da escultura, mas nunca é um resultado final e acabado.
Todo este processo encontra na matéria pictórica um campo de possibilidades muito contido, enquanto obra de arte que nos desafia e nos coloca perante uma procura permanente, porque se trata de um procedimento que se organiza por sobreposições, ocultações e desvelamentos.
João Silvério
O circuito de Arte Sacra centra-se na antiga Igreja do Colégio, onde a exuberante fachada, a resplandecência do retábulo do altar-mor, bem como, a coleção de azulejos setecentistas assumem-se como um todo, num monumento ímpar de criação barroca. A este integra-se uma galeria com uma coleção diversificada onde se destacam peças quinhentistas, bem como, um valioso espólio de exemplares de temática religiosa.
O circuito apresenta as características arquitetónicas dos edifícios conventuais de outros tempos, a diversidade de espaços, as suas dinâmicas e funções, bem como, explora o modo de vida das Clarissas pertencentes ao ramo feminino da Ordem dos Frades Menores, fundada por São Francisco de Assis.
O Circuito História Natural apresenta uma coleção de base naturalista que foi o alicerce para a fundação do Museu. O circuito distribuído por oito salas expõe a diversidade, o exótico e o saber, onde são abordadas diferentes áreas do conhecimento científico, com destaque para zoologia, geologia, mineralogia, botânica.
A exposição presta homenagem ao Príncipe Albert I do Mónaco, dando ênfase à relação do Príncipe com os Açores, abordando memórias afetivas e o seu legado na construção do conhecimento científico do Atlântico.
A parceria entre o Museu Carlos Machado e o Geoparque Açores visa reforçar as relações estreitas entre o museu e o território em que está inserido, contribuindo para a sua divulgação, proteção, valorização e desenvolvimento sustentado.
Com o aumento do turismo nos Açores, o museu evidencia-se como um meio essencial na divulgação de conhecimento, estabelecendo um primeiro contacto entre os visitantes e o território açoriano, e promovendo um turismo responsável assente na preservação e conservação dos recursos naturais disponíveis.
Aproveite esta oportunidade e visite a mostra expositiva O Geoparque no Museu, patente no Núcleo de Santo André.